Após denúncias dos trabalhadores, o Sindicato dos Gráficos (Sintigrace) solicitou uma reunião com a Tipogresso para esclarecimentos sobre o pagamento das diferenças referentes ao reajuste salarial após o fechamento da Campanha Salarial do setor.
Na reunião, realizada no dia 30 de novembro, a empresa afirmou que havia realizado o pagamento e que iria comprovar apresentando os comprovantes ao sindicato até o dia seguinte. Porém, até a publicação desta matéria, nenhum comprovante foi entregue ao sindicato.
Para a direção do Sintigrace a não apresentação dos documentos comprobatórios, denuncia que provavelmente a Tiprogresso não tenha pago as diferenças salariais devidas aos trabalhadores.
Rogério Andrade, presidente do Sintigrace, afirma que a empresa também é uma das que ainda paga salário mínimo para trabalhadores com funções que não estão na grade de pisos salariais da categoria.
A empresa definiu um prazo de 10 dias para recolher as carteiras de trabalho dos funcionários e adequar todas as funções, porém, a empresa entende que as funções que não são da categoria gráfica (como serviços gerais e auxiliar de escritório por exemplo) continuarão a receber salário mínimo, pois não são da categoria. O Sintigrace na oportunidade informou que tem entendimento diferente e que o piso é para todos os trabalhadores, inclusive aqueles cuja função não estão na grade pisos, que estas funções não devem receber salário menor que o menor piso da categoria.
Ainda segundo o presidente, outra denúncia, é de que a empresa não paga as férias dos trabalhadores de forma devida. Provocada pelo sindicato, a Tipogresso assumiu que as vezes pede que o trabalhador assine o recibo de férias com data retroativa, mas que só manda o trabalhador para casa quando tem dinheiro para pagar.
“A prática é um grande prejuízo para os gráficos, que só usufruem de suas férias quando a empresa tem dinheiro para pagar, o que significa que ela está descumprindo a legislação”, denuncia Andrade.
A empresa também não pagou a primeira parcela do 13º salário. Em assembleia com a categoria, foi decidido que o sindicato irá entrar com ação judicial de descumprimento da CCT, independente da data que a empresa irá pagar os valores devidos.