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SP: Valor do Vale-alimentação deve ser igual a soma dos produtos da cesta básica comprados no supermercado

A cesta básica mais cara no Brasil é em Brasília e na capital paulista. A pesquisa foi feita pelo Dieese. O valor da cesta cresceu em 16 capitais do país frente à inflação, conforme pesquisa recente. E o mesmo ocorre em outras regiões e cidades do Estado de São Paulo. Em Jundiaí, por exemplo, os gráficos pagam em média R$ 109 numa cesta básica com os produtos definidos pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria (CCT). A pesquisa foi feita no final de março em supermercados da cidade pelo Sindicato dos Trabalhadores Gráficos da Região (Sindigráficos). A pesquisa também foi feita em supermercados de Vinhedo (média de R$ 118), Valinhos (R$ 114), Cajamar (R$ 90) e Bragança Paulista (R$ 95).

A pesquisa em Jundiaí foi feita pela gerente administrativa do sindicato, Carla Atoatte. Ela visitou os supermercados Coopercica (R$ 103), Russi (R$ 116,04) e Rede Boa (R$ 108,61). Já o diretor sindical Valdir Ramos foi em um supermercado de Valinhos, o Caetano (R$ 114,45), e em dois de Vinhedo: Infanger (R$ 116,55) e Zarelli (R$ 120). Marcelo Sousa e Marriete Vasconcelos, ambos do Sindigráficos, foram para Cajamar e pesquisaram o valor nos supermercados Ricoy (R$ 85,22), Sonda (R$ 89,24) e Serra Azul (92,02). O dirigente sindical, Valter Correia, que atua em Bragança Paulista, também visitou supermercados da cidade: Ele foi no União, Russi e no Nei-Mar. O valor médio da cesta básica foi de R$ 95.

“A pesquisa é um importante instrumento para balizar os trabalhadores sobre o correto valor do vale-alimentação pago pelas gráficas”, fala Leandro Rodrigues, presidente do Sindigráficos. O mínimo que deve se pagar pelo benefício é o soma dos itens da cesta básica definidos nos supermercados da cidade onde a empresa se localiza. Este é um direito dos gráficos e um dever dos patrões definido pelo CCT. “Saber o valor da cesta básica nos supermercados, portanto, é vital para o gráfico cobrar o reajuste do vale-alimentação, quando devido, denunciando o caso ao sindicato para tomar as providências necessárias”, conta Luisinho Laurindo, advogado do Sindigráficos.

Porém, infelizmente, diversas gráficas em Jundiaí, Valinhos, Vinhedo, Cajamar, Bragança e em outras cidades da região insistem em não fazer o reajuste automático do valor do vale alimentação com base no preço dos supermercados de cada município, como obriga a CCT. Por esta razão, o Sindigráficos passou a realizar pesquisas, a fim de informar os trabalhadores sobre o real valor do benefício que deve ser pago. Os trabalhadores, por sua vez, ao tomarem conhecimento do valor correto, devem denunciar ao sindicato a situação quando o valor estiver abaixo do mínimo estabelecido. Em Bragança, por exemplo, foi o que aconteceu recentemente. A Gráfica Amaral aumentou em quase 30 por cento o valor do vale, após a pesquisa dos sindicalistas nos supermercados e surgirem denúncias ao sindicato, que cobrou o reajuste ao patrão.

Produtos da Cesta Básica

ITEM QUANTIDADE PESO PRODUTO
01 2 pacotes 05 kg arroz agulhinha tipo 1
02 3 pacotes 01 kg feijão carioca
03 2 pacotes 01 kg açúcar refinado
04 1 pacote 500 grs café torrado e moído
05 1 pacote 01 kg farinha de trigo especial
06 1 pacote 01 kg fubá mimoso
07 3 pacotes 500 grs macarrão espaguete
08 3 latas 900 ml óleo
09 1 lata 260 grs extrato de tomate
10 1 pacote 01 kg Sal
11 1 pacote 400 grs leite em pó
12 Embalagem de papelão

FONTE: FTIGESP