No dia 19 de maio, às 9h45min, aconteceu a primeira rodada de negociação da Campanha Salarial do setor gráfico de Embalagens, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE). Na ocasião, o Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace) apresentou a pauta de reivindicação da categoria que traz inovações em relação as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) dos anos anteriores.
Apesar de ter reconhecido o momento econômico difícil do país, o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade, afirmou que defenderá a ideia de melhoria nas condições de trabalho dos empregados do setor, “ não vamos pagar pela crise”, declarou. Já o representante do sindicato patronal, o Sindicato das Indústrias de Papel, Papelão, Celulose e Embalagens em Geral no Estado do Ceará (Sindembalagens), afirmou que o cenário econômico não possibilita avanços.
Apresentando a manutenção da data-base atual e das cláusulas da CCT anterior e negou as demais propostas da categoria, mesmo algumas não sendo de caráter econômico, com alegação que a implementação resultará em aumento de custos. A proposta do sindicato patronal seria um reajuste de apenas 9,83% aplicado ao piso salarial, resultando no valor de R$ 902,80, o reajuste de salários de até R$6.165,72 em 7,23% e, para salários acima desse valor, o acréscimo de R$ 445,78.
O Sintigrace se comprometeu a entregar uma contraproposta até o dia 7 de junho, e a direção avalia que fica difícil discutir com a categoria, a proposta patronal, considerada muito baixa. A próxima rodada de negociação será no dia 16 de junho, às 10h30min, na sede da SRTE/CE.
Algumas reivindicações da categoria:
1 – REAJUSTE SALARIAL – 15,50%; Antecipação do reajuste salarial, com base na inflação do período, caso as negociações não cheguem a bom termo antes da data-base;
2 –SALÁRIO NORMATIVO (Piso Salarial de ingresso) – R$ 1.039,50;
3 – DA CESTA BÁSICA – no valor de R$ 335,59;
4 – AUXÍLIO CRECHE (REEMBOLSO CRECHE) no valor de R$ 210,00;
5 – VALE-CULTURA – no valor de R$ 100,00;
6 –REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO – de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários.