A cidade de Fortaleza sediou, entre os dias 10 e 12 de abril, o primeiro Congresso Internacional de Direito Sindical . O evento teve como objetivo aprofundar a discussão sobre o sindicalismo brasileiro a partir da atual realidade do trabalho. Toda a programação foi dividida em quatro eixos temáticos: “Liberdade Sindical”, “Sindicalismo, Estado e Serviço Público”, “Democracia Sindical e Modelo Organizacional” e “Direito De Greve”.
O Sindicato dos Gráficos do Estado do Ceará ( SINTIGRACE), esteve presente ao evento e acompanhou de perto a mesa de discussão sobre o “Direito de Greve”, que iniciou a tarde do último dia do evento e abordou dois temas: “Relação da Imprensa com o Movimento Sindical” e “Práticas Antissindicais”, que teve como mediador o assessor político da Central Sindical e Popular – CSP-Conlutas, Valdir Alves Pereira, que recebeu os convidados Plínio Bortolotti, diretor institucional do grupo O Povo, e Ricardo José Macedo de Britto Pereira, Procurador do Trabalho.
O tema da relação entre comunicação e entidades sindicais possibilitou que o Procurador Ricardo José Macedo, ampliasse o panorama das práticas antissindicais no Brasil. Em sua apresentação, o Procurador destacou casos de destaque nacional em que o direito de greve foi negado. “É dever do estado retirar os obstáculos ao direito de greve.O empregador não pode interferir em uma ação que deve ser direito fundamental de uma categoria”, destacou o Procurador que já fez parte do movimento sindical na década de 1980.
Em comum à fala dos convidados, é perceptível a necessidade das entidades sindicais em buscar parcerias e o melhor diálogo. Desde o fator da comunicação, na busca pela qualidade e primazia como na relação com outras organizações. “Um sindicato deve se articular internacionalmente e nacionalmente, assim como conversar com as minorias”, avaliou o Procurador do Trabalho.