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Setor de embalagens: Empresários dificultam mesa de negociação

O Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace) se reuniu nos dias 10 e 12 de setembro, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE), com o Sindicato das Indústrias de Papel, Papelão, Celulose e Embalagens em Geral do Estado do Ceará (Sindiembalagens) para a realização de mais duas rodadas de negociações da campanha salarial do setor.

Nas duas reuniões o sindicato patronal manteve a postura intransigente e não negociou as cláusulas sociais da categoria, bem como não apresentou proposta nova para reajuste e piso salarial, apostando na desmobilização da categoria.

 

Tentando desmontar a postura patronal intransigente, o Sintigrace defendeu e alterou três reivindicações sociais: cesta básica concedida aos trabalhadores por empresas a partir de 30 empregados; auxílio-creche limitado a R$ 250,00, para mulheres com filhos até 6 anos; e plano de saúde dividido em 50% entre trabalhadores e empresas. O sindicato patronal, porém, na reunião seguinte, manteve a postura intransigente e negou as reivindicações.

Percebendo que o Sindicato patronal estava “fechando as portas” a qualquer possibilidade de acordo, o Sindicato dos Trabalhadores encerrou, momentaneamente, as negociações para ouvir os trabalhadores, os únicos capazes de mudar a postura patronal na mesa de negociação.

“Não temos autorização dos trabalhadores para negociar somente as cláusulas econômicas” informou o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade. “Esperávamos mais responsabilidade por parte do Sindicato patronal, mas pelo que foi demonstrado na negociação, os patrões estão provocando os trabalhadores; vamos ouvir os companheiros e companheiras e eles decidirão o que fazer”, finalizou o presidente.

Veja como está a negociação salarial do setor gráfico até o momento

Proposta dos trabalhadores:

Reajuste salarial de 18%;

Piso salarial no valor de 900 reais;

Cesta Básica para trabalhadores de empresas com mais de 30 empregados;

Auxílio Creche limitado a 250 reais para mulheres com filhos até seis anos de idade;

Plano de saúde dividido entre empresa e empregados.

 

Proposta dos patrões:

Reajuste salarial de 6% (aumento real de 0,17%);

Piso salarial de 747 reais (aumento de 3 reais no piso atual)