O novo piso regional catarinense terá um reajuste de 11%. O percentual se aproxima bastante da inflação anual do período, que foi de 11,3%. O índice foi definido após uma longa (meses) e difícil negociação entre os empresários e as centrais e federações de trabalhadores, incluindo os gráficos. Pelo acordado, o aumento deve ser retroativo a 1º de janeiro. Assim, os trabalhadores devem receber a diferença salarial referente aos meses de janeiro e fevereiro. Com o reajuste no piso regional, o piso normativo dos gráficos sobe para R$ 1.158. A Federação Estadual da categoria (FETIGESC) alerta os trabalhadores que o salário de março deve vir com o novo valor. E ainda deve ser paga a diferença salarial dos primeiros meses. O descumprimento deve ser denunciado pelo gráfico ao seu sindicato na região onde labora, ou na Federação da classe para os locais que não há sindicatos organizados.
“O reajuste não foi o que queríamos, mas foi o possível frente à luta das centrais e federações obreiras nas cinco rodadas de negociações na Federação das Indústrias do Estado”, avalia José Acácio, presidente da FETIGESC. Santa Catarina é o único Estado brasileiro em que o piso regional é definido por negociação entre empresários e os trabalhadores. E, depois de negociado, o acordo assinado entre as partes segue ao governador para os trâmites nos Poderes Executivo e Legislativo.
Pelo acordo, foi definido valores das quatro faixas do piso regional: R$ 1.009, R$ 1.048, R$ 1.104 e R$ 1.158. “Os gráficos estão classificados na faixa maior. Portanto, nenhum gráfico que recebe o piso normativo pode ganhar menos de R$ 1.158″, realçou Acácio. O sindicalista lembra que ainda deve ser pago aos trabalhadores a diferença deste valor em comparação ao salário de janeiro e fevereiro já pagos, pois o aumento de 11% é retroativo a 1º de janeiro, conforme foi negociado entre as partes.