Entidades sindicais continuam pressionando para impedir votação da Reforma da Previdência que é considerada mais um ataque aos direitos da classe trabalhadora
A votação na Câmara Federal da Reforma da Previdência, ainda este ano, continua sendo incerta, mas entidades sindicais continuam em alerta e ameaçam uma greve geral caso ocorra a votação da reforma que está sendo considerada mais um ataque aos direitos dos trabalhadores.
A proposta de Reforma da Previdência sofreu alterações na comissão especial da Câmara, mas seu texto ainda traz sérios prejuízos aos trabalhadores (veja comparativo). Segundo informação divulgada pelo Congresso em Foco, o governo está investindo 3 bilhões de reais nos municípios em troca da aprovação da reforma, e segundo publicado pelo site Uol, o investimento em propaganda chega a 100 milhões de reais.
Na propaganda o governo diz que sem a reforma, a Previdência Social vai quebrar. Porém a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, proposta pelo senador Paulo Paim (PT), através do relatório do senador Hélio José (PROS), descobriu que o principal déficit do órgão está relacionado com grandes dívidas de empresas, como por exemplo a Rede Globo, que totalizam 450 bilhões de reais.
As entidades sindicais realizaram, no dia 5 de dezembro, mobilizações em diversos estados brasileiros para denunciar mais um ataque aos direitos da classe trabalhadora, bem como acumular forças para a realização da greve geral nacional que foi prometida caso ocorra a votação.
O Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace) participou do ato de Fortaleza que reuniu cerca de dois mil manifestantes. A entidade também alerta a categoria para se manter informada sobre a reforma e sobre as manifestações que podem ocorrer ainda este ano.