Sintigrace Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica
A proposta de reajuste salarial de 6,5% apresentada pelos patrões do setor gráfico de embalagens na última rodada negociação, realizada terça-feira, 21 de agosto, irritou os trabalhadores. A diferença da proposta anterior foi de apenas 0,5%.
A proposta revoltou os trabalhadores da Rigesa de Pacajús que realizaram uma paralisação de 3 horas como advertência.
Com relação ás cláusulas sócias já estão acertadas para aprovação as seguintes reivindicações dos trabalhadores: Adiantamento quinzenal, auxílio doença, auxílio funeral, proteção à gestante, PIS, substituição, abono de faltas do estudante, atestados médicos, empréstimo medicamento, desconto de mensalidades sindicais, contribuição assistencial, espaço em mural, uniformes e equipamentos, contribuição confederativa patronal e resolução de divergências. Continuam pendentes as revindicações que tratam da estabilidade pré-aposentadoria, cesta básica, vale-alimentação e jornada de trabalho.
Para o presidente do Sindicato dos Gráficos ( SINTIGRACE), Rogério Andrade, a paralisação dos gráficos da Rigesa mostra o grau de insatisfação da categoria com as propostas apresentadas pelos patrões. “O avanço nas cláusulas sociais é muito tímido, mesmo para uma primeira convenção coletiva de trabalho, e não há compensação nas cláusulas econômicas”, declarou o presidente.
Andrade afirmou que a margem de recuo dos trabalhadores nas cláusulas econômicas já está praticamente no fim, “se chegarmos ao nosso limite e não houver um acordo, não tem jeito a categoria vai parar.”
Não foi marcada nova rodada de negociação na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE). O Sintigrace realizará reuniões com os trabalhadores nos locais de trabalho e definirá uma nova proposta econômica que será enviada ao Sindicato patronal.
“A resposta patronal sobre esta nova proposta definirá se haverá paralisação no setor ou não” afirmou, Nonato Fonteles, diretor do Sintigrace e membro da comissão negociadora do Sindicato.
