A Campanha Salarial da categoria gráfica de jornais e revistas “tem sido a cada rodada mais complicada”, conforme explica o presidente do Sindicato dos Gráficos do Ceará, Rogério Andrade.
Após a última reunião de negociação ser desmarcada pelo sindicato patronal, em agosto, uma nova reunião foi realizada na terça-feira (26), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).
Na ocasião, a Comissão de Negociação do Sindicato dos trabalhadores gráficos do Ceará (Sintigrace) apresentou uma contraproposta ao sindicato patronal baseada em seis pontos:
Reajuste Salarial de 10%
Piso Faixa A de R$ 1.226,83/Piso Faixa B de R$ 1.017,43
Cesta Básica de R$ 412,00
Pagamento de “prêmio” ao trabalhador após um ano de serviço
Renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em vigor Criação de uma Comissão Bipartite para analisar questões relativas ao setor, como demissões e os devidos cumprimentos de contratos de trabalho.
Porém, a contraproposta da categoria foi negada, e o sindicato patronal não mudou sua posição:
Renovação da Convenção Coletiva de Trabalho em vigor e reajuste de salários e pisos em 3%.
A proposta patronal representa redução salarial de 3,5%, tendo em vista que a inflação acumulada do período foi de 6,58%.
Neste cenário, a Comissão de Negociação do Sintigrace avaliou, conforme explica Andrade, que a “continuidade das negociações com o Sindjornais está prejudicada, tendo em vista que diante da proposta apresentada, o sindicato patronal já deixou claro que não tem interesse na negociação”.
Ainda segundo o presidente do Sintigrace, a comissão informou que não aceita a celebração da CCT com reajuste de somente a metade da inflação do período, e que não vai negociar em cima de perda salarial.
Na segunda-feira, dia 2, a comissão de negociação vai deliberar uma data para a realização de assembleias com os trabalhadores de jornais e revistas. O objetivo é encaminhar sobre a Campanha Salarial de 2017 e pensar como elaborar a Campanha Salarial de 2018 da categoria.