As pequenas gráficas, com cinco a 10 empregados, que correspondem a 70% do mercado tradicional do setor brasileiro, já passam a enfrentar um problema derivado da era digital, que põe em risco os empregos da classe, diante da competitividade desleal. O surgimento de ‘gráficas de sites’ – empresas que mantêm escritório na região e importam o material impresso de outros locais e até estados – tem gerado o fechamento das gráficas de pequeno porte nas cidades, demitindo seus trabalhadores. O caso está se espalhando pelo país e chama a atenção da Confederação Nacional dos Trabalhadores da classe (Conatig). O órgão estuda formas para combater a desvirtuação da proteção social do trabalho frente essa nova forma de desregulamentação de toda cadeia produtiva da área gráfica.
Este novo tipo de gráfica vende via internet com entrega em curto prazo e até com os preços inferiores aos praticados pelas pequenas gráficas instaladas nas cidades. Com isso, gera o fechamento das gráficas locais e algumas viram balcões de negócios, mantendo seus clientes sem ter um único funcionário, mas encomendando dessas tais gráficas de sites.
A mobilização e unidade das entidades sindicais se faz ainda mais necessária diante da falta de interesse do setor patronal de interagir neste enfrentamento da desregulamentação do segmento gráfico. É o que se vê, por exemplo, em relação as gráficas rápidas, as quais se mantém em sua maioria integrada no setor do comércio, sem nenhum reação patronal.
O problema das inovações tecnológicas que antes só atingiam o setor gráfico dos jornais, substituindo a impressão pela plataforma digital, está provocando agora a redução também dos empregos nas casas de obra.
Com dados da CONATIG