Do conjunto de 12 alimentos que compõem a cesta básica do consumidor de Fortaleza, dez deles subiram de preço e, diante dessa alta, se registrou um índice inflacionário de 1,67%. O fortalezence pagou no último mês de agosto, um valor de R$ 410,11 por cesta básica que já é considerada a mais cara do Nordeste comparada com as demais capitais da região, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente, considerou que o valor da cesta básica representa 50,66% do salário mínimo atual. Vale ressaltar também que é a única que custa acima dos R$ 400,00. Ainda de acordo com a pesquisa, a alta foi influenciada pelas alterações nos preços do leite, banana e arroz.
Os dez alimentos que obtiveram maiores elevações de preços são: carne (1,63%), leite (7,11%), feijão (3,48%), arroz (6,26%), farinha (2,73%), café (4,07%), banana (6,57%), açúcar (4,18%), óleo (1,30%) e manteiga (3,48%), apenas no primeiro semestre desse ano.
O feijão, parte importante da mesa do brasileiro, continua em elevação e a explicação pode estar na quebra de safra ocasionada pela seca e outros fatores climáticos. Porém, na pesquisa feita pelo o Dieese, o feijão apresentou retração em 19 das 27 capitais e apenas no Norte e Nordeste manteve o preço elevado.
Segundo o levantamento, a cesta básica mais cara foi a de São Paulo (R$ 475,11) e, em seguida, a de Porto Alegre (R$ 474,34) e Florianópolis (R$ 457,11). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 365,46) e Aracaju (R$ 370,70).
Levando em consideração os valores da cesta básica somando as outras despesas do trabalhador como, moradia, saúde, educação e etc, o Dieese estima que, mensalmente, o valor do salário mínimo necessário seria de 4, 54 vezes ao atual . Ou seja, R$ 3.991,40.