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Entrevista: ‘Cultura é Gráfico’, define o trabalhador Ricardo Pinto

Para compreender um pouco da importância da atuação do trabalhador gráfico, assim como a representatividade do dia 07 de fevereiro, a melhor opção é conversar com quem entende da labuta. Pedimos licença, e tiramos o gráfico,

Ricardo Pinto Vasconcelos, que comemorava com a família e os amigos o dia nacional da categoria, para alguns minutos de entrevista.

 

Ainda adolescente, Ricardo abraçou a função que até hoje desempenha. Aos 13 anos, o setor gráfico lhe surgia como opção de vida. Reunindo um total de 32 anos de atividade, o trabalhador esclarece que seu trabalho como gráfico lhe deu tudo que tem na vida. Nesse ofício, surgiram as marcas do tempo em seu rosto e surgiu a família que o acompanha.

“O dia do gráfico representa o orgulho que tenho pela minha profissão”, relata Ricardo. Em nossa entrevista, esta mesma palavra, “orgulho”, seria dita outras vezes com acentuado carinho.

“Quando eu olho os cadernos e livros de minha filha, vejo que nós (trabalhadores gráficos) temos a mão suja de tinta e ralada. O que realmente faz sentido e prazer é saber que aquela agenda, aquele livro passou pela mão da gente”, explica o gráfico que ainda acrescenta: “O trabalho de um poeta passa por nós!”.

Ricardo participa do 07 de fevereiro com a família

A partir desse ponto, Ricardo reforça como é a relação entre sociedade e categoria gráfica e, de certa forma, manda um recado para os companheiros de trabalho: “Quero dizer que a categoria deve ser mais unida e forte, pois somos extremamente importantes dentro da sociedade. Esta mesma sociedade está dentro de nós e nós dentro dela. O cidadão de fora que desconhece nosso dia a dia não sabe que para leitura de um livro, para o acesso à cultura tem um gráfico que rala, que luta, que vence…”.

O trabalhador se emociona e volta a repetir “orgulho” quando cita a cena de uma criança ou um adulto lendo um material impresso. Ele amplia suas considerações ao revelar que além de uma realização pessoal ele fica muito feliz pelo valor que seus companheiros de ofício possuem.

Ao fim da conversa, Ricardo Pinto Vasconcelos, 32 anos como gráfico, se despede com a mesma gentileza com a qual recebeu o repórter. Antes de voltar para a presença da filha, Ricardo vibra em mais uma anúncio: “Eu adoro meu trabalho e cultura é gráfico”.