O presidente do Sindicato dos Gráficos (Sintigrace), Rogério Andrade, em tom irônico declarou que o “Emprego está bombando, mas o salário óh’’ , em relação a matéria publicada pelo Diário do Nordeste (DN), com o título “Em outubro, 14 mil trabalhadores da Região Metropolitana de Fortaleza saíram da fila do desemprego”.
O DN afirma que em outubro, o mercado de trabalho da Região Metropolitana de Fortaleza consolidou o cenário de melhoria dos últimos meses, demostrando a queda no desemprego e atingindo a menor taxa de desemprego do ano. As informações publicadas pelo jornal foram colhidas na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada mensalmente na RMF pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) em parceria com o Departamento Intersindical e Estudos Socioeconômicos e Estatísticos (Dieese).
Segundo a matéria, esse é o maior patamar dos últimos quatro anos, porém o aumento de vagas de emprego não se reflete nos salários e o rendimento médio real dos fortalezenses “foi o único indicador que apresentou queda em setembro de 2012”.
O motivo destacado para a queda na taxa de desemprego foi o aquecimento do mercado, principalmente do comércio, o que segundo Andrade, poderia estar se refletindo no aumento de salários, “o aumento de vagas está relacionado com o estimulo ao consumo que aqueceu o mercado, porém este mesmo mercado não oferece melhorias salariais para os trabalhadores, que também são consumidores, é uma visão muito pequena que os patrões têm de mercado”, declarou o presidente.
Segundo a matéria, o rendimento médio real dos trabalhadores em setembro, porém caiu. 3,4% (R$ 991,00) para os ocupados e 4,3% (R$ 1.061,00) para os assalariados em comparação com o mês anterior.
Além do comércio, outros setores estão em crescimento, a construção civil gerou 6 mil vagas no mês, a indústria de transformação ampliou 3 mil postos de trabalho no comparativo mensal. Os aumentos se refletiram também no número de carteira assinada, crescendo 2,7%.