Poucos dias após assumir, o governo Temer atacou as política voltadas à saúde dos mais pobres e trabalhadores. O ministro da Saúde falou da necessidade de reduzir o Sistema Único de Saúde (SUS) e anunciou a retirada de 10 mil médicos estrangeiros do Programa Mais Médicos, que atendem a 35 milhões de pessoas onde faltam médicos brasileiros, a exemplo das populações mais vulneráveis nas periferias das capitais, cidades do interior, regiões de fronteira, áreas de saúde quilombolas e indígena. O extermínio do SUS, se consolidar como sinaliza o governo novo, bem como a saída de 10 mil médicos, em sintonia com o projeto Ponte para o Futuro, defendido por Temer, terá impacto sobre os mais pobres e a classe trabalhadora, a exemplo dos gráficos, pois 85% das empresas brasileiras do segmento são de micro e pequeno portes e não oferecem plano de saúde privado aos funcionários. Os gráficos e outras classes serão os mais afetados com a política do presidente interino. A Confederação dos Gráficos do Brasil (CONATIG) repudia tais iniciativas.
“A saúde pública já está um caos e precisa de mais investimento, mas o novo governo quer diminuir. Na verdade, querem tirar a saúde das mãos do Estado e passar para o setor privado. Mas para que serve o Estado, senão para cuidar da sociedade que paga impostos para manter esse Estado?”, questionou o presidente da CONATIG, Leonardo Del Roy. O dirigente lembra, no entanto, que o setor privado só visa o lucro, não é à toa que até quem tem plano privado de saúde sofre e espera para ter o atendimento confirmado. No entanto, a maioria dos gráficos brasileiros nem isso tem e dependem exclusivamente do SUS e do Mais Médico.
A CONATIG exige a garantia e com maior qualidade do SUS, com mais investimentos, além da manutenção dos 10 mil médicos do Programa Mais Médicos, que são indispensáveis para garantir a saúde mínima das populações mais carentes economicamente, incluindo grande parte dos gráficos brasileiros. Desde quando o Mais Médicos surgiu em 2013, a Confederação dos Gráficos do Brasil apoia deste então. Isso porque o programa resolveu o problema da falta de atendimento às populações mais pobres e da classe trabalhadora e presentes em locais adversos.
“A maioria dos gráficos nas empresas com até 10 funcionários são sim atendidos pelos SUS e Mais Médicos e serão efetivamente prejudicados com o fim e/ou redução dessas políticas públicas”, alerta Del Roy. Além disso, o dirigente lembra que a maioria da categoria mora na periferia, a mesma que é atendida pelos médicos do Programa Mais Médico. Logo, o ataque ao programa e ao SUS são ataques aos empregados gráficos.
Fonte: Conatig