Aproveitando as mazelas trazidas pela reforma trabalhista, a filial da empresa Fakka Indústria e Comércio de Clichês e Matrizes, localizada em Pacajus, região metropolitana de Fortaleza, aplicou parcelamento das verbas rescisórias de três trabalhadores.
Ocorre que a famigerada reforma trabalhista não mudou para permitir o parcelamento das verbas trabalhistas ao final do contrato de trabalho dos empregados. A empresa portanto, agiu de forma irregular.
A Fakka, que é contratada para fornecer facas e clichês para a unidade da gráfica de embalagens WestRock, também em Pacajus, demitiu os trabalhadores liberando apenas a documentação para FGTS e seguro desemprego.
Antes de terem as contas parceladas, os trabalhadores procuraram o Sindicato dos Gráficos do Ceará – Sintigrace. Este tentou uma reunião com a empresa para saber de que forma a empresa pagaria as verbas dos empregados, uma vez que a Fakka está em débito com o FGTS e teria informado aos trabalhadores que o motivo para a falta do pagamento, seria o débito da WestRock, sua única contratante. A reunião no entanto não ocorreu, pois a empresa se negou reunir-se com a diretoria do Sintigrace.
Os trabalhadores informaram ainda que a Fakka possui vários CNPJs; que a empresa se prepara para ser fornecedora da WestRock na futura unidade desta em Porto Feliz, interior de São Paulo, fazendo investimentos altíssimos para montar mais uma clicheria naquela cidade paulista.
O presidente do Sintigrace, Rogério Andrade comentou que a Fakka só resolveu entregar a documentação das rescisões dos contratos de trabalho dos operários, após a intervenção do Sindicato, e também pelo Sindicato ter comunicado o fato a WestRock. “Somente a partir daí a Fakka deu uma satisfação aos trabalhadores, porém, como agiu de forma irregular não atendeu ao pedido de reunião com o Sindicato”, informou.
O presidente do Sindicato informou ainda que, posteriormente, a WestRock informou que não possui débitos com a Fakka. Ou seja: que a empresa faltou com a verdade com os trabalhadores. Informou também que o Sindicato irá denunciar ás autoridades, o comportamento da Fakka. “Dinheiro para ampliar os negócios tem, mas para pagar o que deve aos trabalhadores não? Não tem justificativa”! Indignou-se Andrade.