Nesta sexta-feira, 10 de novembro, centrais sindicais, dirigentes das entidades e dos movimentos populares, juntaram-se aos manifestantes de todo o país para participar do Dia Nacional de Luta e Defesa de Nossos Direitos, em mais um dia de paralisações contra as antirreformas do governo golpista de Michel Temer.
Em Fortaleza, a caminhada reuniu mais de 20 mil pessoas. O ato se concentrou na Praça da Bandeira e percorreu as principais ruas do Centro, reunindo estudantes, professores, sindicalistas, profissionais liberais, partidos políticos, centrais sindicais, trabalhadores de várias categorias profissionais e sociedade civil organizada, homens e mulheres em luta contra os retrocessos nos direitos trabalhistas.
O protesto foi convocado pelas centrais sindicais para repudiar o inicio da implementação das mudanças na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) . O Dia Nacional de Luta teve o apoio de partidos políticos, sindicatos e diversas frentes dos movimentos sociais. Uma multidão voltou a ocupar as ruas do centro de Fortaleza para dizer que não aceita nenhum direito a menos.
A marcha também combate o desmonte do Estado, rechaçando projetos aprovados que atingem em cheio o setor público, como a Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos, e a terceirização em todas as atividades econômicas, que precariza ainda mais as relações de trabalho. Embora a EC esteja prevista para entrar em vigor a partir de 2018, na prática ela já está valendo, com a redução de recursos que chegam aos municípios.
Aos brados de “Fora Temer” e entoando gritos de guerra que afirmam que “vamos resistir e lutar”, a caminhada avançou por uma das principais regiões de comércio popular de Fortaleza. Contando com o apoio dos comerciários, a manifestação parou para intervenções na Praça do Ferreira, mas seguiu até o Fórum Autran Nunes, da Justiça do Trabalho.