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Campanha Salarial 2013 – setor convencional

Direito não se negocia. Amplia-se!

Assembleia dos trabalhadores gráficos do setor convencional, realizada no dia 28 de setembro, na sede do Sindicato dos Gráficos do Ceará (SINTIGRACE) recusou a proposta de banco horas feita pelo sindicato patronal (Sindgrafica), em contrapartida à proposta de piso salarial reivindicado pelos trabalhadores.

 

A proposta patronal consistia da adoção de um piso salarial para as principais funções da categoria e, em troca, os trabalhadores acatariam a inclusão do banco de horas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), adotariam o trabalho polivalente e aceitariam o fim do sábado livre.

"Tendo em vista que direito não se negocia, amplia-se, os trabalhadores rejeitaram por unanimidade as propostas patronais" informa Rogério Andrade, presidente do Sintigrace. A categoria também autorizou a diretoria do sindicato apresentar uma nova proposta de piso salarial, sem a inclusão das propostas patronais que será apresentada ao Sindgrafica.

Os trabalhadores gráficos ratificaram a decisão da diretoria do Sintigrace, que determina que as negociações salariais somente sejam realizadas em órgãos públicos, como a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT).  A decisão foi tomada depois que o Sindgrafica marcou rodada de negociação na sede do sindicato dos trabalhadores, afim de apresentar proposta de piso salarial, mas não compareceu, ou desmarcou, com a entidade a rodada de negociação.

Comissão patronal se diz desinformada

Durante a última rodada de negociação, realizada na SRTE, no último dia 15 de outubro, os diretores do Sindicato da Indústria Gráfica do Ceará (SINDGRAFICA) informaram que não tinham conhecimento das negociações entre o Sintigrace e o Sindgrafica, pois ela estava sendo conduzida pelo presidente do Sindicato patronal.

Segundo o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade, a informação dos negociadores do Sindgrafica é mais uma forma de descaso por parte dos patrões, “a resposta dos trabalhadores foi protocolada na sede do sindicato patronal no dia 10 de outubro, tempo suficiente para a comissão de negociação patronal ter conhecimento sobre o andamento da campanha salarial”.

Apesar do “desconhecimento”, os representantes patronais afirmaram na ocasião, que não seria concedido o piso salarial da categoria se não houvesse a adoção do banco de horas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), proposta já recusada pelos trabalhadores em assembleia.