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Centrais organizam a resistência à implementação da reforma na CLT

As Centrais Sindicais voltam a se reunir na próxima sexta (21) às 10 horas, na sede da Força Sindical, para definir os próximos passos na luta de resistência aos efeitos das novas regras trabalhistas nas relações com o patronato. A reforma trabalhista entra em vigor daqui a quatro meses, no início de novembro.


Centrais se reúnem em São Paulo, na sede da Nova Central

Em encontro na última quinta (14), os dirigentes sindicais reafirmam que a unidade de ação segue como elemento indispensável na luta em defesa dos direitos. “A unidade é fundamental na elaboração de um plano de ação para o próximo período, que tenha por centro o fortalecimento do movimento sindical e a defesa dos direitos sociais e trabalhistas”, afirma Adilson Araújo, presidente nacional da CTB.

O presidente da Nova Central São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), disse à Agência Sindical que o objetivo da reforma é baratear a mão de obra e a classe trabalhadora deve se manter unida e organizada para resistir. “A única coisa que a reforma trabalhista faz é garantir total liberdade ao patrão, para fazer o que bem entender com seus empregados. Só quem irá se beneficiar dessa reforma são os empresários”, avalia.

Vetos – Em nota, as Centrais reiteraram a necessidade de combater a reforma, que acabou sendo sancionada sem vetos. O compromisso de vetar pontos polêmicos do texto aprovado na Câmara foi feita pelo governo aos senadores, para que a matéria não fosse modificada e tivesse que ser novamente analisada pelos deputados.

Agora, cresce também a apreensão em torno da medida provisória prometida por Temer, que modificaria itens como trabalho intermitente, jornada 12×36, salvaguardas à participação sindical na negociação coletiva e insalubridade de gestantes e lactantes. As novas regras entrarão em vigor daqui a quatro meses, no final de outubro, início de novembro.

MP – A polêmica sobre a MP começou com declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), que, através do Twitter, afirmou na madrugada da quarta (12): “A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa”.

Via Agência Sindical