Após três anos sem negociações, trabalhadores e patrões do setor gráfico de jornais e revistas sentaram à mesa para negociar as convenções coletivas de trabalho do setor, para os anos de 2014, 2015 e 2016. Sob a mediação do Procurador Regional do Trabalho, Francisco Gerson Marques de Lima, a reunião teve lugar na sede da Procuradoria Regional do Trabalho – PRT, localizada na Av. Padre Antônio Tomás, 2110, Aldeota, às 14h, na quinta-feira, 09. Junto com a comissão de negociação do Sintigrace, vários trabalhadores gráficos compareceram ao local para pressionar a representação patronal.
A negociação salarial foi realizada na Procuradoria Regional do Trabalho, em razão do Sindicato patronal ter faltado a reunião convocada no dia 28 de abril, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE.
Na ocasião, foram celebradas as Convenções Coletiva de Trabalho de 2014 e 2015 da categoria. Para os dois últimos anos foi acordada a renovação de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho de 2013, com exceção das econômicas. Para estas foi acordado o que segue: 2014 – aplicar 6,62% para salários, pisos e demais cláusulas econômicas; 2014 – da mesma forma, aplicar 7,29%. Eventuais diferenças salariais de 2014 serão pagas na folha de pagamento de junho e as de 2015, na folha de pagamento de agosto.
Para 2016, porém, a representação patronal informou que não havia proposta consolidada para apresentar na mesa de negociação. O Sindicato dos trabalhadores lamentou bastante o posicionamento patronal, uma vez que já estamos em junho, sendo inadmissível não ter proposta, mais de seis meses após a data-base. O procurador regional propôs que as partes agendassem data e local para negociar a Convenção Coletiva de 2016, sendo aceita a proposta por ambas as partes. Para finalizar se colocou a disposição para, caso não chegassem a bom termo, as partes procurassem a Procuradoria Regional do Trabalho para a continuidade da negociação salarial.
“A celebração das CCTs de 2014 e 2015, com a manutenção de todas as conquistas da CCT 2013, é um passo importantíssimo, porém a categoria precisa aumentar a mobilização, tendo em vista que a CCT 2016 ainda está em aberto e há grande chance dos patrões de jornais apresentarem reajustes abaixo da inflação, causando achatamento salarial. O Sindicato dos trabalhadores já acenou que não aceitará proposta que rebaixe os salários e as condições de trabalho da categoria,” afirma o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade. A categoria reivindica um reajuste de 16% para este ano.