Nos últimos anos, os funcionários gráficos brasileiros têm sofrido com mais casos de doenças relacionados ao trabalho, principalmente devido ao crescente esforço repetitivo e inadequado nos parques fabris. A situação vem causando dormência e dores em partes do corpo do trabalhador e outros problemas à saúde, afetando inclusive a sua mobilidade motora. As doenças comuns neste tipo de problema são chamadas de LER/Dort. E têm crescido bastante dentro das indústrias gráficas. As causas estão associadas sobretudo à pressão do patrão por maior produtividade e em um tempo cada vez menos e sem ergonomia (quando não há condições adequadas para exercer o trabalho). Diante deste grave problema, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (CONATIG), por meio da Diretoria de Condições do Trabalho e Formação Profissional (DCTFP), traçará um diagnóstico sobre a questão, visando direcionar às federações e sindicatos uma política nacional de prevenção da LER/Dort na vida da categoria no Brasil.
“A política nacional de prevenção da doença no setor gráfico será elaborada a partir do levantamento de informações dos sindicados e federações sobre o caráter preventivo e os efeitos dessas moléstias ocupacionais no gráfico”, diz Leonardo Del Roy, presidente da CONATIG. Um questionário já foi elaborado pelo diretor da DCTFP/CONATIG, Eurípedes Bueno, que também é secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica de Bauru. O documento possui perguntas sobre às incidências da doença e a participação sindical no caso, bem como a realização de campanha formativa sobre a questão. Além disso, aborda ainda sobre a existência e participação de órgãos públicas a este respeito, seja na área de saúde (Cerest), ou do trabalho (Ministério e Justiça do Trabalho).
“Clique AQUI para acessar o questionário. E importante que todos sindicatos preencham e nos encaminhe, a fim de proteger a saúde do gráfico da base de representação”, ressalta Bueno. O questionário deve ser encaminhado para a CONATIG, por meio do e-mail [email protected]. A data para o envio é até o dia 7/04, período em que antecede o encontro da direção executiva da Confederação, em São Paulo (SP). O tema será tratado na reunião. O dirigente reforça que a participação de todos os sindicatos é de fundamental importância para produzir uma coleta de dados suficiente acerca da incidência da moléstia ocupacional (LER/Dort), bem como da sua posterior prevenção.
Saúde é o que interessa
O gráfico que labora em pé deve tomar alguns cuidados cotidianos para evitar o surgimento de doenças. É preciso alternar as posturas com outras que facilitem os movimentos, adaptar a altura do posto de trabalho ao tipo de esforço que se realiza, mudar a posição dos pés e repartir o peso do esforço físico requerido, e utilizar um descanso de pés portátil ou fixo. O cuidado deve ser adotado também por aquele que trabalho sentado. Lembre-se de manter a coluna ereta e apoiada no encosto da cadeira, nivelar a mesa na altura dos cotovelos, adequar a altura da cadeira ao tipo de trabalho, e alterar a posição e postura após alguns minutos. Já quem alterna a posição entre em pé e sentado, deve adotar outras regras: usar cadeira com altura regulável, ajustar a cadeira 25 a 35 cm mais baixo que a superfície de trabalho, e usar descanso de pés adequado. As orientações são do Cerest de Osasco/SP. Clique AQUI para ter mais informações do Cerest sobre ergonomia.
Fonte: Conatig