Contrariando as previsões da diretoria do Sintigrace, uma representação do Diário do Nordeste compareceu a mediação realizada na manhã deste dia 10 de dezembro, na Superintedência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE. Composta pela Assessora Jurídica e o chefe de RH, a comissão anunciou, no entanto, que “a Editora Verdes Mares não se nega em negociar um ACT com a entidade sindical laboral, mas entende que deve ser priorizada a formalização da CCT, por ser mais abrangente. Diante da argumentação exposta, não há a possibilidade de firmar o ACT proposto pela entidade laboral”, argumentou os representantes do DN.
Para o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade, a audiência serviu apenas para que a representação dos trabalhadores fundamentasse os motivos que levaram a categoria não negociar a CCT com o Sindjornais.
Andrade falou durante a audiência que “apesar de ser legal, a diretoria do Sindjornais carece de legitimidade, tendo em vista que é formada por empregados, imbuídos da única tarefa de manter as coisas como estão, não permitindo qualquer evolução, social ou econômica dos trabalhadores durante o processo negocial. Por isso a demora em se chegar a um acordo, em cansativas e repetidas reuniões de negociação que não se verifica avanço algum”.
O Sintigrace reafirmou que realizará assembleias com os trabalhadores para que sejam tomadas decisões acerca da Campanha Salarial do setor, uma vez que, ausentando-se ou comparecendo a audiência de negociação, as empresas, O Estado, O Povo e Diário do Nordeste manifestaram o desejo de não negociar Acordos Coletivos. “Quem decide agora são os trabalhadores”, finalizou o presidente do Sintigrace.