Materiais utilizados como provas contra manifestantes dos últimos protestos em SP não são considerados inflamáveis
O estudante e funcionário da USP, Fábio Hideki, e o professor de inglês, Rafael Lusvarghi, presos desde o dia 23 de junho sob acusação de liderarem protestos violentos em São Paulo, obtêm importante avanço pela liberdade após laudo técnico indicar que os artefatos encontrados em posse dos acusados não são explosivos.
O resultado da perícia ainda apresenta informações sobre os supostos objetos inflamáveis, que não poderiam jamais explodir.
Segundo o laudo, o objeto que Lusvarghi portava se tratava de uma garrafa de achocolatado, com papel e elástico usado como tampa. No caso de Hideki, o porte de um frasco vazio de fixador para corantes em tecidos também não apresentou risco explosivo.
Para o advogado de Hideki, Luiz Eduardo Greenhalgh, agora é o momento de reconsiderar a prisão dos réus, uma vez que o principal argumento da Justiça para manter os dois ativistas presos era o porte de artefatos explosivos.
Os dois estão presos há 43 dias, sob ameaça de pena de 3 a 6 anos de prisão, por associação criminosa, dano ao patrimônio e outras acusações.
Fonte: CSP/Conlutas