De acordo com dados divulgados, onte, (11), no 1º Seminário sobre Rotatividade no Mercado de Trabalho, a rotatividade no mercado de trabalho brasileiro cresceu de 52% em 2003 para 64% em 2012 – quando levado em consideração um período de um ano na empresa. Esse é um comportamento que se eleva a cada dia, principalmente nos setores de serviços, onde a rotatividade chega a atingir 60%.
No comércio, a rotatividade registrada durante o período foi de 64%, enquanto na agricultura atingiu 92%. Na construção civil a taxa foi ainda mais, de 115%. Já em alguns ramos da indústria de transformação o índice chega a 53%.
Abertura
O seminário foi aberto pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e prossegue hoje (12) no auditório do MTE, em Brasília (DF).
Manoel Dias frisou em seu discurso que o aumento da rotatividade advém fundamentalmente do crescimento do emprego no país. “Estamos tendo aumento na geração de emprego nos últimos anos e isso impacta numa rotatividade maior, pois o trabalhador busca sempre uma melhor colocação no mercado de trabalho, que está aquecido. Vivemos um pleno emprego. Geramos em 2013 mais de 1,1 milhão de postos de trabalho formais e este ano espero podermos gerar mais”, acentuou o ministro.
Segundo ressaltou, “ao final do seminário, será possível um diagnóstico sobre a questão da rotatividade de trabalho no país e alternativas para enfrentarmos o fenômeno, pois, temos aqui reunidos, profissionais gabaritados para discutir o assunto da rotatividade”, avaliou.
MTE e Dieese
O seminário é promovido pela Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do MTE em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pretende chamar a discussão sobre o fenômeno da rotatividade que, no Brasil, apresenta um comportamento sui generis, sobretudo tendo em mente os elevados patamares alcançados, especialmente nos setores de serviços (60%), comércio (64%), agricultura (92%), construção civil (115%) e em alguns ramos da indústria de transformação (53%). A taxa de rotatividade global do país, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2012, é da ordem de 64%. A taxa descontada em 2012 foi de 43%.
Para discutir a questão da rotatividade foram chamadas importantes instituições e pesquisadores da área como as Comissões relacionadas ao Trabalho na Câmara e no Senado; a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fórum Nacional de Secretários do Trabalho (Fonset), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho, entre outras instituições.
Durante o seminário foi lançado o livro “Rotatividade e Políticas Públicas para o Mercado de Trabalho, uma publicação do Dieese em parceria com o MTE, com informações atualizadas sobre o fenômeno da rotatividade, já discutido anteriormente no livro Rotatividade e flexibilidade no Mercado de Trabalho, lançado em 2011.
Fonte: Sindicato dos Gráficos de Jundiaí