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Cansados do descaso patronal, gráficos de jornais e revistas decidem cruzar os braços

Os trabalhadores gráficos do setor de jornais e revistas decidiram, em assembleia realizada no dia 6 de maio, pela paralisação das atividades. Cansados do descaso e do desrespeito dos patrões, os trabalhadores votaram por unanimidade pela greve no setor.
“São mais de cinco meses de negociações, onde os patrões apostam na desmobilização dos trabalhadores, faltam a reuniões e negam as reivindicações dos trabalhadores, sem nenhuma justificativa plausível”, disse o presidente do Sintigrace Rogério Andrade.
Para Andrade, a CCT do setor já poderia ter sido acordada, mas a intransigência patronal em não conceder a cesta básica levou os trabalhadores a tomarem esta decisão, “acesta básica já era para ter saído anos passado, mas o jornal O Povo não aceitou conceder, esse ano novamente o jornal O Povo tenta impedir essa conquista”.
O presidente afirma que a categoria não irá fechar a Convenção sem a cesta básica. Um trabalhador da Serval/DN, que solicitou não ser identificado, afirmou que “o aumento que os patrões estão oferecendo não chega a R$ 1,70 por dia, sem a cesta básica e outras conquistas não vai ter acordo, vamos ver se, sem jornal na rua, os patrões vão continuar nos desrespeitando”.
 

Segundo Rogério Andrade, o comunicado de greve já foi entregue ao Advogado do Sindjornais, Mauro Sales, no último dia 7 de maio, ás 17 horas. No comunicado, os trabalhadores dão o prazo de 10 dias para os patrões se manifestarem sobre a proposta dos trabalhadores que pode impedir a greve.
Os patrões têm até às 17 horas do dia 17 de maio, para se manifestar, caso contrário a greve se instalará a qualquer momento, após este horário, avisa Andrade.